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“Qual a duração de um curso de inglês?”

Afinal, qual a duração de um curso de inglês? Se você é professor, já ouviu essa pergunta milhões de vezes.
Se você é aluno, está ansioso pela resposta.
Eu, sendo professora, já ouvi essa pergunta um milhão de vezes. Mas, não tenho a reposta (!!). Pasmem. Não é o professor que determina quanto tempo “leva pro aluno aprender inglês”. O que fazemos é dividir o processo de ensino em estágios, para os quais existem materiais e conteúdo específico. Podemos dizer que o processo de ensino tem 3, 4, 10 estágios: básico, intermediário, enfim.
Mas, quem determina a duração do curso é o próprio aluno. É ele quem deve definir onde quer chegar com o idioma. Talvez, ele precise passar no teste de proficiência para entrar no mestrado, talvez passar num concurso, ou “se virar” numa viagem ao exterior, ou ser fluente, ou ser professor daquele idioma. Leia mais sobre metas de aprendizagem aqui.
Aprender a andar de bicicleta, é um exemplo que já usei aqui, e que é muito pertinente. Embora, alguém dê a bicicleta de presente, ensine as técnicas de sentar, pedalar e virar pra um lado ou outro, segure a bicicleta, dê um empurrãozinho na subida, quem vai decidir o melhor momento para tirar as rodinhas auxiliares e sair pedalando sozinho, é o aprendiz.
O aprendiz talvez, como eu, contente-se a dar umas pedaladas desengonçadas. Talvez, ele queira aprender a andar sem segurar o guidão. Talvez, ele queira aprender a fazer algumas manobras diferentes. Talvez queira ser um piloto bicicross. Talvez queira ser campeão de montain bike.
Observem que quem decidiu quando ser independente e quanto se aperfeiçoar foi o próprio aprendiz.
Eu nunca serei campeã de montain bike, mas a minha habilidade de pedaladas desengonçadas satisfaz a minha necessidade e me deixa bem. Sou uma ciclista desengonçada feliz! E isso foi decisão minha.
Então, não se engane:
1- Não há fluência em 18 meses. Há sim aprendizagem, mas não fluência.
2- Não há aprendizagem sem esforço, sem dedicação. Não existe curso mais fácil. A tarefa é a mesma.
3- Não existe aprendizagem se você não se assumir como aprendiz. Deixe de “corpo mole”. Arregace as mangas e estude!
4-Não tenha pressa. Dedique-se, respeite o seu tempo de aprendizagem. Não há mágica.
5-Não faça do idioma um fardo. As coisas que você gosta podem ser estudadas, descritas, ouvidas em inglês, espanhol, japonês. Veja seus filmes favoritos, músicas, pesquise sobre seu hobby no idioma que quer aprender.
6- E o mais importante: confie em você.
Achei um vídeo que fala quase tudo isso, em outras palavras e com outros argumentos. E se quiserem aproveitar, o canal todo é muito bom: Misterduncan.

O Denilso de Lima escreveu um artigo muito interessante sobre o mesmo tema, falando da preparação do aluno para a aprendizagem autônoma. Vale conferir. Aqui.